POESIA SAL DA ALMA
“A diáspora dos poetas”
Como é insípido o mundo que se tem
As coisas que nos são despem-se de sentido
E revelam um largo horizonte fendido
De uma sensibilidade vai-e-vem…
A tarefa dos poetas é que o retém
Pelo canto objectivado e repetido
Num fiel equilíbrio destemido
E no sabor que a cada hora lhe mantem.
É este o sal da terra em cada verso nado
Que a musa da emoção no poeta enamorado
Reaviva como fruto de raiz…
E no instinto decisivo da razão
Há-de renascer sempre uma canção
Se entre um polo e outro algo não condiz.
Ó Poesia, meu mundo e jeito de lidar
Faz revelar em mim um gosto de encantar!
Frassino Machado
In ODISSEIA DA ALMA