SALGADA SAUDADE
Caindo dos meus olhos grosso pranto.
Fazendo minha alma então salgar.
Aos poucos a saudade a desaguar.
E tanta água transformou-se em manto.
O nosso amor findou-se como o canto.
Que uma orquestra deixou de tocar.
A prima-dona deixou de entoar.
E então roubou o amor que era santo.
Restou-me só o choro enxugar.
E junto co'a saudade a acompanhar.
Caminho no jardim, o meu recanto.
Um dia essa saudade vai acabar.
Então renovarei o meu amar.
E com o meu amor, feliz, portanto.
Regina Madeira
"imagem do Google"