A ROUPAGEM DO VERSO

A música do verso é que me embala,

O trinado do verso é que me atrai,

A mensagem – semente – ela me fala,

E como em terra fértil ela me cai.

Quando nos dedos eu confiro a escala,

Para ver o meu verso com vai,

Se de trapos vestido, ou se de gala...

Porque, de qualquer jeito, ele não sai.

Deixo-o de molho, se tiver mensagem,

Esperando que chegue uma roupagem,

Para vesti-lo condizentemente.

Não vou deixar meu verso por aí,

Mendigando leitura aqui e ali,

Como se fosse um simples indigente.

19/01/2013

Raymundo de Salles Brasil
Enviado por Raymundo de Salles Brasil em 09/02/2014
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