A ROUPAGEM DO VERSO
A música do verso é que me embala,
O trinado do verso é que me atrai,
A mensagem – semente – ela me fala,
E como em terra fértil ela me cai.
Quando nos dedos eu confiro a escala,
Para ver o meu verso com vai,
Se de trapos vestido, ou se de gala...
Porque, de qualquer jeito, ele não sai.
Deixo-o de molho, se tiver mensagem,
Esperando que chegue uma roupagem,
Para vesti-lo condizentemente.
Não vou deixar meu verso por aí,
Mendigando leitura aqui e ali,
Como se fosse um simples indigente.
19/01/2013