Sou meu próprio inimigo
No amor sou romântico como um romeu
Apaixonado ao ponto de perder a vida
Mas quando o amor se perder na avenida
É a minha indiferença q' alcança o apogeu
E assim eu me vejo, n'um beco sem saída
Preso em minhas trevas, refém d'um breu
Criado para guardar-me de outras feridas
Mas não há quem me fere tanto quanto eu
Bem fiz de minha frieza um porto
E quis fazer das trevas meu abrigo
Eu mesmo fui meu próprio inimigo
Quem deixa de sofrer já esta morto
Sigo sofrendo, pois viver é meu conforto
Se é necessário sofrer de amor, eu sigo