Sem água, sem batismo
Era tanta dança da chuva
Esperando alguém chorar
Ainda que sem a mágoa
Só para a lágrima rolar
Vento, som de redemoinho
Terra, túmulo nas nuvens
do morto não lembrava a viúva
grão na terra sentia desdém
Desertos, sons de guizos
Anunciando o mundo cascavéis
Chuva bendita, sem juízo
Mundo cova de tamanho abismo
Sem chuva, também sem riso
Faz pagãos sem o batismo