Por um fio.

Sigo em qualquer tom, sereno ou alto,

Com meu salto indo à base dos céus

Crentes, ateus, versos, rimas e, de pronto,

O lápis eu aponto e enceno os meus.

São plebeus, não os renego na base,

Gesso e gaze aos acenos e adeus,

Sabe Deus: não me apego ao quase,

Ponto e crase vão amenos com os meus.

Longe os breus e o silencio é a voz,

Muitos sóis, o verso não é frio,

Nem vazio e tem planos para nós...

Nem no agora, nem no após, me desvio.

Me alio ao soneto, sonho dileto...

Errado ou certo, chego ao fim por um fio.

JRPalácio

JRPalacio
Enviado por JRPalacio em 08/02/2014
Reeditado em 18/03/2014
Código do texto: T4683252
Classificação de conteúdo: seguro