Por um fio.
Sigo em qualquer tom, sereno ou alto,
Com meu salto indo à base dos céus
Crentes, ateus, versos, rimas e, de pronto,
O lápis eu aponto e enceno os meus.
São plebeus, não os renego na base,
Gesso e gaze aos acenos e adeus,
Sabe Deus: não me apego ao quase,
Ponto e crase vão amenos com os meus.
Longe os breus e o silencio é a voz,
Muitos sóis, o verso não é frio,
Nem vazio e tem planos para nós...
Nem no agora, nem no após, me desvio.
Me alio ao soneto, sonho dileto...
Errado ou certo, chego ao fim por um fio.
JRPalácio