Apagão
Apagão
(Soneto)
Tudo o que outrora havia em meu advento…
Começou a eclipsar e a perecer.
Um dia, também eu vou escurecer
Para me coadunar ao passamento!
Acaba a envelhecer, todo o rebento
Que irrompe nesta terra para ser.
Aguardando sombrio por morrer,
Envolto em solidão e sofrimento.
Tudo se vai, por mais que não se queira!
Nem mesmo o resistente…o grande imoto,
Conseguirá não ser mais que poeira.
Quando por ele entrar esse momento,
Que todo o humano julga estar remoto,
Para o tornar em corpo macilento!
André Rodrigues 29/1/2014