Soneto escatológico.

Analisando-me, creio em meu momento

E sento, comigo e a sós, nesta privada

Ilimitadamente entregue ao nada

Nesta cagada, resíduo do meu sustento.

Meu pensamento viaja desatento

Intento-me a este trono sem ser Midas,

Unidas minhas pernas tomam assento...

Luto até na intimidade das privadas.

Testa suada e o tolete emperrado

O desgraçado engordou não quer sair

Pobre mamãe! Sofreu ao me parir...

Enfim pulou na água o desgraçado.

Aliviado, dou descarga e agora,

Limpo a bunda, subo a calça e vou-me embora.

JRPalácio

JRPalacio
Enviado por JRPalacio em 07/02/2014
Reeditado em 18/03/2014
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