Soneto a seca
Negra cruel e faminta
A seca sempre tem sido
Deixando o mato abatido
E a fauna bonita extinta
Dessa maneira ela pinta
O velho bosque florido
Deixando o campo esmarrido
Com o toque da sua tinta
Vai praticando hecatombe
É de bem que aqui eu zombe
Com toda minha franqueza
A seca devora mais
Do que os toscos animais
Abatendo a linda presa.