LEITE DERRAMADO

Quando o Amor me chama, vou de cabeça,

Sem medo de que me apunhale a sorte,

E apesar dos que me querem a morte,

Já não me importa tudo que eu padeça.

Quero um amor honesto ou ilegal,

Que me ame ou apenas me suporte,

Pode me maltratar, pois eu sou forte,

Tanto faz ganhar seu bem ou seu mal

Só não quero acordar sem companhia

Na solidão do hotel rodoviário,

De que vale o rei se não tem rainha?

Sofrer por amor já é um bom salário

Pra quem trocou, então, o amor que tinha

Pela aventura como faz o otário.

Saulo Palemor
Enviado por Saulo Palemor em 06/02/2014
Reeditado em 26/01/2017
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