O SONETO VAGABUNDO
Há sempre tantas poesias badaladas
Riscadas por escribas reles e banais
Com variadíssimas posturas triviais
De palavras fingidamente estruturadas...
Quaisquer que sejam as letras utilizadas
Aquelas formas e modelos convencionais
Não passarão de vis fantasmas virtuais
Com fardamentas frias, vãs e mascaradas.
Num corte singular e quase sempre ausente,
Surge, entre todos eles, muito destacado
O célebre “Soneto”, andarilho p´ lo mundo.
Catorze versos, sem mais nada, e refulgente
Ponta aqui, ponta ali, esqueleto anunciado
Finge que é jóia o tal Soneto Vagabundo…
Se a Arte Poética tem virtude, e predispõe,
Que seja este «Poema» a arma que se impõe!
Frassino Machado
In AO CORRER DA PENA