JARDIM DA LOUCURA

Fleumático é o amor quando ao colo descansa

cômodo se percebe no suspiro da mulher amada,

onde o tempo é contemplado, em olhares, amores

é quando a brisa escorre aos prados de alfazemas...

os vergéis são encantados, floridos e babilônicos

a inércia da paixão se protagoniza eterna, suprema

e o coração descompassa ao ósculo, colapsa opimo,

fecundante é o adubo da vida, o elixir da felicidade...

mas chega a inerente tempestade, avassaladora

que transmuta o jardim da vida, meu, e teu Éden

nos fazendo estranhos, desconhecidos amantes...

o desajuste se perde entre a sensatez dos sentidos

e a loucura da perda, é como fome, que não mais sacia,

não há mais jardim, nem flores, nem cheiros de jasmins...

Romulo Marinho

Romulo Marinho
Enviado por Romulo Marinho em 05/02/2014
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