JARDIM DA LOUCURA
Fleumático é o amor quando ao colo descansa
cômodo se percebe no suspiro da mulher amada,
onde o tempo é contemplado, em olhares, amores
é quando a brisa escorre aos prados de alfazemas...
os vergéis são encantados, floridos e babilônicos
a inércia da paixão se protagoniza eterna, suprema
e o coração descompassa ao ósculo, colapsa opimo,
fecundante é o adubo da vida, o elixir da felicidade...
mas chega a inerente tempestade, avassaladora
que transmuta o jardim da vida, meu, e teu Éden
nos fazendo estranhos, desconhecidos amantes...
o desajuste se perde entre a sensatez dos sentidos
e a loucura da perda, é como fome, que não mais sacia,
não há mais jardim, nem flores, nem cheiros de jasmins...
Romulo Marinho