Quando ainda estudante ginasiano, tinhamos na Academia de Comércio um panfleto rodado no mimeógrafo, a que demos o título de “Desabafo”. Nele fazíamos críticas a alguns mestres, a políticos e autoridades várias, além da divulgação de nossos próprios trabalhos literários. Apesar da sua pequenez distribucional e insignificância de resultados, ao comentarmos atos errôneos de um professor (sem sabê-lo irmão de um general), o “Desabafo” foi criticado e cesurado pelo dito ditatorial dos donos de um mundo chamado Brasil, nos idos de 1969. Desde então, toda a crítica ou cesura, venha de onde vier, constrange-me! Principalmente aqui no Recanto, quando, até mesmo nos dizeres advindos de ilustrados escritores e iluminados poetas, o comento que fazemos sobre os seus trabalhos expostos à visitação pública ficam subordinados “à aprovação do autor”. Ou, explicitamente: “Seu comentário será publicado após a aprovação do autor”. O máximo que se possa pensar em termos de censura e cesura, quando o próprio site permite a exclusão, pura e simples, dalgum escrito indesejável em razão do conteúdo!! Sobre o assunto publiquei, em 29.06.2013, com vinte e quatro leituras e comentário único do poeta J. Estanislau Filho, o soneto a seguir:
CENSURA/CESURA
Odir Milanez
Nasce, ó poeta, um teu novo rebento
de quem esperas voos infinitos,
vestido dos teus versos mais bonitos,
da mais profunda paz do pensamento!
Do primeiro voejo eis o momento.
Assistem-no teus olhos. Nele fitos,
atempas os instantes mais aflitos
em que teu filho em verso invade o vento!
Há vôos vários. Várias criaturas
querem voar contigo à imensidade,
sem sujeição das asas às censuras.
Cede, aos que vão contigo, a liberdade!
Condenando os comentos às cesuras,
que valor estipulas à verdade?
JPessoa/PB
29.06.2013
oklima
*****
Sou somente um escriba
que escuta a voz do vento
e versa versos livres...
Odir Milanez
Nasce, ó poeta, um teu novo rebento
de quem esperas voos infinitos,
vestido dos teus versos mais bonitos,
da mais profunda paz do pensamento!
Do primeiro voejo eis o momento.
Assistem-no teus olhos. Nele fitos,
atempas os instantes mais aflitos
em que teu filho em verso invade o vento!
Há vôos vários. Várias criaturas
querem voar contigo à imensidade,
sem sujeição das asas às censuras.
Cede, aos que vão contigo, a liberdade!
Condenando os comentos às cesuras,
que valor estipulas à verdade?
JPessoa/PB
29.06.2013
oklima
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Sou somente um escriba
que escuta a voz do vento
e versa versos livres...
29/06/2013 12:23 - J Estanislau Filho
Liberdade, liberdade, abra as asas sobre nós. Felicidades.