RIACHO...
O choro dos meus olhos, reticentes,
São águas de um riacho tão profundo
De mágoas, de saudades penitentes;
Das mínguas de esperanças... Fundo! Fundo!
Meus olhos ardem tanto nas enchentes,
Quando estas águas turvam; então me inundo
De dor, de desespero e, inconsequente,
Eu grito e choro muito... Ah, eu me afundo!!!
Nas lágrimas tangidas da tristeza,
Habitam em densas gotas a certeza,
Que nunca mais amor, virás pra mim...
Murmuro e então me entrego à própria sorte
Eu beijo o teu retrato e rogo a morte
Eu clamo em forte brado pelo fim!...
Arão Filho
São Luís-MA, 03.02.2014