A HORA MAIS ESCURA DA ALMA

O cão dos desejos arrasta o homem

À guerra, a beber o sangue do alheio,

Ao erro de valer-se sem receio

Da força pra tomar o pão que comem.

Ah! Desejos! Desejos vis, atrozes!

Controlam da cabeça ao coração

Aqueles que não sentem compaixão,

E são da humana comunhão algozes.

Desejos que não são felicidade,

Apenas inconformação de status

Que leva o homem a perversidade.

Rendido a ti é o homem consumado,

És um dragão que em nosso peito arde

E em tuas labaredas tenho estado.

Saulo Palemor
Enviado por Saulo Palemor em 04/02/2014
Reeditado em 26/01/2017
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