A HORA MAIS ESCURA DA ALMA
O cão dos desejos arrasta o homem
À guerra, a beber o sangue do alheio,
Ao erro de valer-se sem receio
Da força pra tomar o pão que comem.
Ah! Desejos! Desejos vis, atrozes!
Controlam da cabeça ao coração
Aqueles que não sentem compaixão,
E são da humana comunhão algozes.
Desejos que não são felicidade,
Apenas inconformação de status
Que leva o homem a perversidade.
Rendido a ti é o homem consumado,
És um dragão que em nosso peito arde
E em tuas labaredas tenho estado.