RESGATE

Aos amigos Cyro Mascarenhas

Ana Flor do Lácio e Marcos Mansoro.

Amargurado, triste, solitário,

A vida se esvaindo num sufoco,

Sentava à sombra então, d’um campanário,

As lágrimas rolando pouco-a-pouco...

Olhava o céu cerúleo multivário,

Balbuciava então – sem voz – já rouco,

Sentindo-se somente um comprimário,

Uma oração voraz – como um d’um louco...

As lágrimas regavam o gramado,

Depois de certo tempo, aliviado,

Partia – implorando por mudança...

No outro dia um anjo apareceu,

Com um buquê de luz, dizendo: “É teu!

Regaste e resgataste a Esperança..."

04/02/14, às 01:15

Gonçalves Reis
Enviado por Gonçalves Reis em 04/02/2014
Reeditado em 04/02/2014
Código do texto: T4677313
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