E arde
E esbraseia na tez, toca a alma
Nada acalma a não ser o toque
Os lábios, os corpos e o desejo
E nas sensações o vento grita.
Sopra, e só aumenta a chama
Labaredas roçam tão quentes
E queima: queima o encontro
É dueto de línguas em poesia.
Arde com frisson, querer mais
Peles se esfregam e se trocam
E há chama que sempre chama.
Queima por toda parte, é arte
Arteiros em entregas ao fogo
Incêndio que se alastra em nós.
Uberlândia MG
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