E arde

E esbraseia na tez, toca a alma

Nada acalma a não ser o toque

Os lábios, os corpos e o desejo

E nas sensações o vento grita.

Sopra, e só aumenta a chama

Labaredas roçam tão quentes

E queima: queima o encontro

É dueto de línguas em poesia.

Arde com frisson, querer mais

Peles se esfregam e se trocam

E há chama que sempre chama.

Queima por toda parte, é arte

Arteiros em entregas ao fogo

Incêndio que se alastra em nós.

Uberlândia MG

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Raquel Ordones
Enviado por Raquel Ordones em 03/02/2014
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