Meu Mal

Se faz esta casa de lembranças de outrora

Os retratos nas paredes movimentam-se, falam

Me transportam no tempo àquelas boas horas

Que como sonhos surreais me embalam

Acordo amargurado e apático para a Realidade

Sinto que o doce ópio na minha boca. Amarga,

Bebo agora o fel das minhas lágrimas debalde

Tristes lembranças ferem meu peito e a saudade, alarma.

Quero do lado meu copo de vinho, o charuto aceso

Na frente o enigmático espelho, em que por ele me vejo

Por um longo tempo olho para o outro de mim...

O ópio me embriaga, a sanar a dor que não tem fim

Vejo olhos vagos, no profundo âmago do meu ser mergulhado

Lágrima, dum sabor indistinto. Ora amargo, ora salgado...

***

Camila Arruda
Enviado por Camila Arruda em 03/02/2014
Reeditado em 11/02/2014
Código do texto: T4676288
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.