TAL COMO A ANDORINHA...

TAL COMO A ANDORINHA...

Carlos JotaPê Figueiredo

Estiveram ali, sentados à janela

todas as tardes, olhando andorinhas

que pousavam no fio... um par delas

ia dormir em frente, bem juntinhas.

Testemunhavam sempre esse momento

ao fim da tarde, quase à mesma hora...

Mas, veio um dia o desapontamento;

a ave ficou só...e foi embora!

...

Anos após, a companheira amada

não resistiu a um mal que a vitimou,

deixando triste quem viveu por ela.

Ele... deixou a casa abandonada...

Naquela rua nunca mais passou

Para jamais rever sua janela!

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IN MEMORIAN – Este soneto é singela homenagem, lamentavelmente tardia, que presto ao Sargento JOÃO DAMASCENO DE SOUZA (1ª. CIA. COM.) com o qual servi em 196l, por solicitação que me fizera para na ocasião homenagear sua extinta esposa ZUILA. Por razões que fogem até mesmo à inspiração do poeta, jamais pude atendê-lo, até este momento.