Proibições
Que ninguém venha me extinguir as chamas
Do meu onipotente entusiasmo.
Com a máscara do ódio tão tirana,
E a inveja travestida de sarcasmo.
Ninguém me corte as asas soberanas,
Com seus ensinamentos de marasmo.
Meus voos são meus céus; são meus nirvanas;
São meus sagrados sonhos, meus espasmos;
Que as minhas estrelinhas tão desertas,
E que cintilam nos meus horizontes,
Não sejam apagadas nem cobertas.
Que não poluam, sequem minhas fontes,
E que ninguém, com as forças mais libertas,
Derrubem minhas delicadas pontes...