Proibições

Que ninguém venha me extinguir as chamas

Do meu onipotente entusiasmo.

Com a máscara do ódio tão tirana,

E a inveja travestida de sarcasmo.

Ninguém me corte as asas soberanas,

Com seus ensinamentos de marasmo.

Meus voos são meus céus; são meus nirvanas;

São meus sagrados sonhos, meus espasmos;

Que as minhas estrelinhas tão desertas,

E que cintilam nos meus horizontes,

Não sejam apagadas nem cobertas.

Que não poluam, sequem minhas fontes,

E que ninguém, com as forças mais libertas,

Derrubem minhas delicadas pontes...

Hélio Cabral Filho
Enviado por Hélio Cabral Filho em 02/02/2014
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