Ninfose.

Muitos foram no teu passado, virgem!

Mil e um talos à volta! que importa?

Deles adveio a força que te suporta,

No fim... um! E não um mais dez vezes cem!

Vagem do chão, cresce e se forma mutanta,

Milhões de troncos mortos à tua porta...

E enquanto te tornas em bisorta,

Quantos ainda? Tantos! Ao redor da Santa!

Mas o Deus divino: Acordou objeto!

E eu que sou Homem: adormeço inseto!

Mesmo que o seja num estado imperfeito...

Depois do último, quando ele se for,

Nesse teu corpo delirante d'uma flor

Será onde o meu há-de encontrar leito...

Carlos de Carvalho ^ Pink
Enviado por Carlos de Carvalho ^ Pink em 01/02/2014
Reeditado em 01/02/2014
Código do texto: T4673335
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