Para Herr Doktor
Este que esboça o desenho de Hera
E quem com sua arte feroz ainda calcina
Graceja de todos até daqueles que ensina
É um atinado poeta no qual ferve a fera.
Ele é um agudo demônio da palavra
Na energia a qual continua a devorar
Nos escreve as súcias do mal a se depurar
Prova o colossal coração de sua lavra.
O sorriso revela o trajeto abjeto
Da feroz tocha acesa do intelecto
Queimando a alma em prolixa treva.
No pranto da euforia do mal secreto
Um travo azedo do bem concreto
De uma aparição nobre se eleva.
Herr Doktor