O Mergulhar No Mar do Seu Corpo.
Se acaso novamente
o meu olhar ousar pegar
as ondas turbulentas
do seu corpo escultural,
mesmo se sossegado o mar,
não o permito arriscar
novos mergulhos de amor.
Prefiro renunciar o soabrir da sua boca, o deslize
malicioso da sua língua
num misto de frenesi
e loucura, tremelicando
sobre os lábios ressecados,
a umectá-los justificando
o instinto natural do ser felino,
enjaulado em seu habitat.
Enfeitiçado fui por uma vez,
num passado tão recente
que em meu coração,
as cicatrizes ainda gotejam
dolorosas mágoas
em forma de sangue.
Fim
28/01/2014