Esfomeados
Que gente mais faminta, mais sedenta!
Gente egoísta, vil, gananciosa!
De uma voracidade truculenta;
Feito uma peste insana e tormentosa.
Só querem vida fácil e pachorrenta.
E sempre a dinheirama mais vultosa.
O muito é pouco; O tudo não sustenta.
É gente tão mesquinha e tão gulosa!
É a fome desumana e apolítica.
Engordam feitos porcos no curral,
Deixando a sociedade mais raquítica.
É a fama, a trama, a gana, o pedestal...
Nenhuma praga é tão apocalíptica;
Também doença alguma é tão letal.