Esfomeados

Que gente mais faminta, mais sedenta!

Gente egoísta, vil, gananciosa!

De uma voracidade truculenta;

Feito uma peste insana e tormentosa.

Só querem vida fácil e pachorrenta.

E sempre a dinheirama mais vultosa.

O muito é pouco; O tudo não sustenta.

É gente tão mesquinha e tão gulosa!

É a fome desumana e apolítica.

Engordam feitos porcos no curral,

Deixando a sociedade mais raquítica.

É a fama, a trama, a gana, o pedestal...

Nenhuma praga é tão apocalíptica;

Também doença alguma é tão letal.

Hélio Cabral Filho
Enviado por Hélio Cabral Filho em 29/01/2014
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