O BARDO
Por dentro auréolas luzindo ideias
acordam sóis no que anoiteceu;
o pensamento de sempre estreias
extrai os claros de todo breu...
A folha d'alma a bailar na areia
desenha a história de amor dos céus;
e a aranha vida suaviza a teia
com discrepâncias em escarcéus...
Enquanto o fato desfaz-se em chamas
de iniquidades, traições e dramas,
mergulha, o bardo, em florais vivências...
Ah, desconhece o que é ser poesia,
só quer brincar de inventar o dia
sem se trancar em boçais coerências.