Simples assim...

Ó, meu amor, sem ti a vida é nada,
o meu caminho é breu, sou noite escura,
um poço de amargor, demais tristura,
sou vulto que se vai sem rumo, estrada.

Em sonho vejo aqui, de madrugada,
o teu olhar, repleno de candura,
e vivo um padecer que não tem cura,
cansada de penar. Estou cansada!

Porém não tenho voz para chamar-te,
ainda que eu te sinta em toda parte,
e vivas dentro em mim, nos sonhos meus.

Pois dá, ó, meu amado, mais um passo,
que vencerei, enfim, esse cansaço,
e então serei feliz nos braços teus.

Brasília, 27 de Janeiro de 2014

Absinto e Mel, pg. 49
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 27/01/2014
Reeditado em 06/08/2020
Código do texto: T4666925
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.