SONETO À CIGANA
Olhe os olhos que te fitam,
São os olhos da cigana
Quando te veem, se agitam,
Feito chama.
Tem uns olhos tão bonitos,
Que causam dissimulação,
Um antro de perdição...
E me engana.
Com seu corpo escultural
Baila noite adentro,
E desama.
Com um ar todo jovial
Da roda, sempre é o centro.
Já és minha, óh, cigana!