SUICIDA
Coisa que no mundo, sempre foi sabido
Que nunca é rentável, não atrai ninguém
É a poesia, um gosto descabido
Só ouro de um tolo... Não vale vintém!
Quem dela embriaga, dorme em seu harém
Dinheiro não viu, viveu da libido.
Do feitiço amaro, se desprende quem?
E se cai em si; já o céu perdido.
Sem moeda e nada que abone a lida
Se verá o ser, por ela agarrado
Contra as intempéries, só, despreparado.
Se aos seus encantos, se encontrar... Coitado!
Estará cotado no final da vida
Para ser lembrado como suicida!