SUICIDA

Coisa que no mundo, sempre foi sabido

Que nunca é rentável, não atrai ninguém

É a poesia, um gosto descabido

Só ouro de um tolo... Não vale vintém!

Quem dela embriaga, dorme em seu harém

Dinheiro não viu, viveu da libido.

Do feitiço amaro, se desprende quem?

E se cai em si; já o céu perdido.

Sem moeda e nada que abone a lida

Se verá o ser, por ela agarrado

Contra as intempéries, só, despreparado.

Se aos seus encantos, se encontrar... Coitado!

Estará cotado no final da vida

Para ser lembrado como suicida!

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 27/01/2014
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