CONDENADO A SER DE AMOR TEU RÉU

Tu que da tua boca me dizias não,

E eu que te acreditava no que me dizias,

Mas vim a conhecer amor do coração

Teu, e vi que dizias-me o que não sentias!

E tu pensando sempre na voz da razão,

Mais me negavas minhas flores e alegrias,

E assim de cara austera tiravas-me a mão,

Que te dava carinho em tuas noites frias.

Eu que tudo fazia para te agradar,

Que mais me poderias querer meu amor?

Meu sentimento era como o sol do céu,

Que nem a terra já podia, nem o mar,

Ser maior que o tamanho amor a desfavor

Só de mim condenado a ser de amor teu réu.

Ângelo Augusto

Ângelo Augusto
Enviado por Ângelo Augusto em 26/01/2014
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