INOMEADO
Pregastes um saber na cruz do exemplo,
Trazendo a ceifa o pobre condenado.
Amor, um vagabundo violento,
Que deita com qualquer desajustado.
Nas voltas que se alinham revoltantes,
Aos giros e contornos dos teus pregos,
Ferrugens de ansiares abrasantes,
Nos templos enrugados como velhos.
Te aquieta ser, não gema, não distoe!
O mundo, esse bêbado girante,
Passeia como anônimo sem nome.
Não vale um centil da tua dor!
Que pese o sacrifício de um infante,
Que valha o morrer, só por amor!
Canoas, 10 de abril de 2007/RS1