INOMEADO

Pregastes um saber na cruz do exemplo,

Trazendo a ceifa o pobre condenado.

Amor, um vagabundo violento,

Que deita com qualquer desajustado.

Nas voltas que se alinham revoltantes,

Aos giros e contornos dos teus pregos,

Ferrugens de ansiares abrasantes,

Nos templos enrugados como velhos.

Te aquieta ser, não gema, não distoe!

O mundo, esse bêbado girante,

Passeia como anônimo sem nome.

Não vale um centil da tua dor!

Que pese o sacrifício de um infante,

Que valha o morrer, só por amor!

Canoas, 10 de abril de 2007/RS1

Eliane Triska
Enviado por Eliane Triska em 27/04/2007
Reeditado em 10/04/2009
Código do texto: T466488
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