TEMPOS DIFÍCEIS

Luciana Carrero

O mote passa por diástoles e sístoles

pulsando o poeta em moto-contínuo

na rota sistêmica em seus rios de sangre

de viño e de amores, de hambre ou de dor

Do sangue brotam versos e rimas, pontos

ou contrapontos estranhos em métricas

e até pálidas figuras de blancas poesias

montando estrofes de magras ancas

No céu, florbela espanca a poesia. Que tal?

E o mário no inferno recita o celeste poema

No mundo internauta os sítios de picaretas

exploram as vaidades de pseudo-poetas

Pronto, o bom poeta se asila em pasárgada

onde capta no feice o virtual feedback