Prostituta

Prostituta

(Soneto)

Foi um dia, qual límpida água pura…

Nascida de uma fonte prodigiosa;

Que ao passar numa rocha má, sinuosa,

Perdeu de si o Amor… paixão, doçura.

A enseada onde parou… da desventura,

Estava farta em lodo, indecorosa.

E a água que era pura e deleitosa,

Deixou-se corromper perdendo a alvura.

Nunca mais encontrou solicitude

Ou uma boca de castas… dignas sedes,

Que quisesse beber sua virtude.

Transformou-se em apanha de um momento,

Qual peixe em impotência ante das redes,

Pescado sem afecto ternurento!

André Rodrigues 12/1/2014

Dom Poeta
Enviado por Dom Poeta em 24/01/2014
Código do texto: T4663384
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