Soneto Malcriado

SONETO MALCRIADO

Porque dormes, Musa, se eu canto?
- E me faço em canções oferecidas?
Isso me deixa mal, - Puto da vida -
E como a se maldizer pelos cantos?

Acaso não vês q'eu te adoro tanto?
Que te faço em poemas, enternecida?
Daí, inconsolavelmente, puto-da-vida
Maldigo a sorte... Em desencontros!

Inda assim, eu canto, por teimosia!
É que... - Em meio a tanta agonia -
A vida se me mostrasse em azul

Mas, se sei que você não m'escuta
Aflora o desejo de te chamar de puta,
Ou de mandar você... Tomar no Cú!

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Comentário em Destaque!

Ao Poeta é permissível o puro e o pecaminoso,
a indecência do casto ou a pureza de um pária
puto com o parnaso.
Com meus aplausos
e agradecido por sua presença em meus versos.

E se alguma crítica chegar aos teus versos,
meu caro Luciê,
manda consultar o site "MEMÓRIA VIVA",
e ler Drummond em " A BUNDA"
e outras "cositas" mais.

Abraços, Odir Milanez!
- Oklima -

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***SOU MALCRIADA***

Quem canta seus males espanta...
Durmo... me ofereces melodias,
Enquanto não se faz dia...
Sim, sou aquela que te encanta!

Mandas-me à puta que pariu...
Sei que estás cansado... De me esperar,
Sou a vadia que esperas...
Enfadado... Magoado...
Não sabes porém, o que te impera!!!

Puto estás... Não se pode negar, porém...
Quando a hora certa chegar,
Sua vadia vai estar... como lhe convém...

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