Somente a noite
No meio da noite, sinto-me envolver
de sua antipatia, os raios tão gelados
eles que deixaram meu ser minguado
por querer te ver e morrer nesse querer!
Somente a noite ouve este meu brado
que estremece como deve estremecer
obras da Natureza toda que ao morrer
deixam sua alma em canto interminado
Mas, para que você me escute,
é necessário que minh’alma lute
com outros espíritos de mesmo destino
Até que minha alma depois da eternidade
volte a pátria da augusta homogeneidade
lugar aonde eu me perdi quando menino!