SONETO(038)
Lembras do nosso intenso passado,
Quando caminhávamos juntos, devagar,
De mãos dadas, em nosso verde relvado,
Tendo por carícias a oirada luz do luar?
Lembras das estreitas ruas antigas,
Onde ambos corriamos de mãos dadas?
Lembras que nossas tias e amigas
Nos espreitavam desde suas varandas?
Não esquecerei as promessas que fizeste
Perante as araucárias gigantes, fortes
E os imponentes, eretos e belos ciprestes:
“Mesmo feridos com a espada da morte
Nós sairemos de mãos dadas ao sol-posto.”
Querida, tu não lembras? Foi em agosto!?
Nova Roma do Sul- RS, janeiro de 1975.