O PEITO, O AMOR E O GÊNIO

Sempre me fascinou o seu incrível charme:

Seu jeito de sorrir, seus olhos, seu perfume...

O sol, a brisa, a areia, o frio da água do mar me

causam, ao te tocar, inveja e até ciúme...

Eu bem sei que isso vai, sem dúvida, abrasar-me,

mas eu não me contenho e já tornou costume,

tanto, que ao não te ver, meu peito faz alarme

e, te vendo, ele o faz, em um maior volume...

Entre o céu e o inferno, eu, louco, te presumo;

e fico desvairado, e há falta de oxigênio,

e, desvairado, eu perco o chão, o teto e o rumo,

um mísero segundo é o mesmo que um milênio.

Tento de tudo: Escrevo, leio um livro, sumo...

Mas tudo fica igual: O peito, o amor e o gênio.

Kleiton Muniz
Enviado por Kleiton Muniz em 22/01/2014
Reeditado em 22/01/2014
Código do texto: T4659470
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