A contemplação passageira

O espaço infinito beirava o abismo onde fitava o Céu

E as aves pairavam espelhadas semelhando o olhar

Da infinita beldade que entreolhei debaixo do véu

De um vidro que a escondia por um espelhar o mar...

Assim, a verdade escondida pela beleza parecia chorar

Com o mimo da realidade a desejar o bem supremo,

Mas o mal espreitava e as decepções surgiam a chatear

A musa que cingia-me o sacramento de vivente ao menos...

Porém, a vida parecia fugir de suas mãos que desejavam

A ponderação sobre a dívida não paga com a poesia

Que a tornava mais bela e muito mais bem amada...

Então o amor tocou o coração da sereia que muitos homens amavam,

Mas um coração vacilava e pensava: Será verdade ou fantasia?

E o choro e o olhar diziam-me que se ia e não mais voltava...

Ulisses de Maio
Enviado por Ulisses de Maio em 21/01/2014
Código do texto: T4658999
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.