QUANDO DEBRUÇAR A JANELA...
Retalhado está meu coração poeta,
amolambado, enseja teus lampejos
teu brilhos, que outrora iluminava-me
fazendo-me seu menestrel, seu amor...
o mundo então, inerte se fazia tênue
pois quando me olhavas, ardia paixão
pois portentosa és, mulher graciosa
que excede todos os entendimentos...
sei o que guardas em teu relicário
teus mistérios, teus segredos, sinto
sou parte do teu suplício, pois me amas...
quando então debruçar em tua janela,
ouvirá meus poemas em forma de música
serão como os cantos dos pássaros, dizendo, te amo...
Romulo Marinho