Soneto Sem Musa
Um poeta sem sua musa
É como violão sem cordas
Só soa uns batuques ocos
O coração quase bate na cara
Cobra, clama por emoção!
Habituado aos grandes causos,
Parece não acreditar no vazio
Que impera feito eras glaciais.
Esfriar não cumpre com a natureza
De um leão que é regido pelo fogo,
Essa lacuna não sossega a essência.
Desse coração que é brasileiro
E assim, amante por consequência
Das paixões quentes como o verão.