O Libertador
O amante infiel de tal traição
Traz em seu coração uma áspide
Que o devora e o leva para a lápide
Morrerei nesta inércia de devoção
Os olhos fixos no traidor valente
Dos ofídios ou das Ninfas em fúria
O crânio do diabo demente na centúria
Procria rebentos e descuida da serpente.
Cinzela o versar e grava os umbrais
Do futuro sem presente nos ancestrais
Seja o que for o mal que se imponha.
O amante descrente num só andamento
Essa víbora devorando o pensamento
De um ultimato sevo que se disponha.
Herr Doktor