O Libertador

O amante infiel de tal traição

Traz em seu coração uma áspide

Que o devora e o leva para a lápide

Morrerei nesta inércia de devoção

Os olhos fixos no traidor valente

Dos ofídios ou das Ninfas em fúria

O crânio do diabo demente na centúria

Procria rebentos e descuida da serpente.

Cinzela o versar e grava os umbrais

Do futuro sem presente nos ancestrais

Seja o que for o mal que se imponha.

O amante descrente num só andamento

Essa víbora devorando o pensamento

De um ultimato sevo que se disponha.

Herr Doktor

HERR DOKTOR
Enviado por HERR DOKTOR em 27/04/2007
Reeditado em 30/09/2008
Código do texto: T465803
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