A lâmina aprende da seiva que esgota,
das faces que move na terra,as coroas
sem brilho não cegam seu fio,são loas
do dia em cansaços partindo,quem nota?

Do exército ali revolvido nem bota
nem sabre ou vestígio de novas,se boas
ou más pouco importa,já não são pessoas
do modo que a pausa não é uma nota.

Arado,esse solo germina os extremos
do mesmo destino do qual nem supomos
o alcance na lama do agora,que vemos.

O outono no entanto virá com seus pomos
dizendo melhor o que agora só lemos.
A morte só leva o que nós nunca fomos.




 
Israel Rozário
Enviado por Israel Rozário em 20/01/2014
Reeditado em 29/01/2014
Código do texto: T4656768
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