NO AMOR PARIU A POESIA
Na inspiração que procurava amor,
Que atingisse um enorme grau de sonho,
Assim andava o poeta tão risonho,
A ver se conseguia ser senhor
Do coração da bela dama e flor
Dos seus olhos, de amor assim medonho,
Mas de gênio demais duro e enfadonho,
Ao seu jeito de grande sedutor...
E sem maior temor nem mesmo pejo,
Já derramava em arte e fantasia
O coração de amor e de desejo!
E assim em brasa já demais sentia
O peito e a boca como doce arpejo,
No amor de poeta que pariu poesia.
Ângelo Augusto