A VOZ DOS POETAS
Ah... corações moldados do destino,
Entre infinitas almas delirantes,
Entre gritos frementes dos amantes,
No começar do dia vespertino!
As almas cantam seu contente hino,
Como brasas no inferno cintilantes,
Como risos ardentes e importantes,
Na loucura que faz perder o tino.
Ah, sonhadores do horizonte solto,
Nas memórias insanas e nas metas,
Crescem as ondas deste mar revolto...
E nas sombras de vozes não secretas
E nos olhares sem vazio escolto,
Jamais nunca se cale a voz dos poetas!
Ângelo Augusto