COMO SABER?
Nunca se sabe
O que o dia trará amanhã,
Se nele meu peito arde
Ou se tem menta e hortelã.
Meu desespero não se mede
Do que por vir está
Se a mim tudo aparece
Ou se nada mudará.
Eis aqui minha labuta,
Este ar de atormentar,
Se vou mais uma vez à luta.
Se a vida padece e tudo morre,
Se o meu dia não mais nasce,
E a mim só resta um verbo: calar!