Assim sou eu
Edir Pina de Barros
Assim sou eu, tenaz sobrevivente,
que atravessou, na vida, mil obstáculos,
e que lançou, ao mundo, seus tentáculos,
lutou, viveu, amou, ficou demente.
E cá estou constante e persistente,
buscando, pela vida, os sustentáculos,
entre as fronteiras de meus dois vernáculos,
falando essa interlíngua em dor pungente.
Cortei as matas, vi atrocidades,
testemunhei ações vis, etnocidas,
vi índios mendigando nas cidades.
Eu tenho os pés sangrando, as mãos feridas,
jamais me calarei, mesmo que brades,
sou forte feito pragas renascidas.
Brasília, 18 de Janeiro de 2014.
Versos Alados, pg. 10
Edir Pina de Barros
Assim sou eu, tenaz sobrevivente,
que atravessou, na vida, mil obstáculos,
e que lançou, ao mundo, seus tentáculos,
lutou, viveu, amou, ficou demente.
E cá estou constante e persistente,
buscando, pela vida, os sustentáculos,
entre as fronteiras de meus dois vernáculos,
falando essa interlíngua em dor pungente.
Cortei as matas, vi atrocidades,
testemunhei ações vis, etnocidas,
vi índios mendigando nas cidades.
Eu tenho os pés sangrando, as mãos feridas,
jamais me calarei, mesmo que brades,
sou forte feito pragas renascidas.
Brasília, 18 de Janeiro de 2014.
Versos Alados, pg. 10