A Luta
O cavaleiro de armadura se levanta
Há uma luta, contra o próprio sentimento
Esperança que desfaz-se no momento
Ao ver uns olhos, que de tão frios o espanta
O inimigo de armas tantas toma mão
Cerca-o inerte, sem defesa, tão pungente
O suor lhe verte á face qual torrente
Mais galopa que o cavalo, o coração
Seu semblante é todo anseio, por saber
Contra qual força que luta assim em vão
Num jogo duro de sentir prazer e dor
Vaga por entre escombros de um não-viver
Numa trégua, temente estende a mão
Por fim se rende e entrega os pontos ao amor.