O tempo passa chorando
A flauta do horizonte onde diviso o cosmo
Entoa sons que falam da saudade
De um eterno permanecer onde começo a esmo,
Esperando não sei o quê sem maldade...
E o nascente, ao resplandecer, chora dourado
Em raios soberanos sobre a paisagem,
Fazendo o alvorecer do coração raiado
Com o encanto do teu sorriso nessas paragens...
Porém, a saudade morre e o sorriso chora,
Mas a canção permanece e não envelhece,
Pois foi feita de um gole de nostalgia...
De um amor que o peito abriu e hoje nele mora,
Sem se arrepender de beijar a flauta que parece
Oferecer-se qual instrumento a soar com alegria...