TURBULÊNCIAS AMOROSAS
Tive pena que amor me condenasse
À sorte tão madrasta dos meus dias,
Como uma coisa má que me fartasse
De não ter mais escassas alegrias.
No mal do tempo mau amor passasse,
Sem me deixar os rastos de folias
Que já não têm sentido em fantasias,
Da maior ilusão que me namorasse...
Pudesse eu atrasar o tempo mau,
Para evitar os males que carrego,
Já como um marinheiro em rude nau...
E agora mais me vejo sempre grego,
No modo de paixão cara de pau,
Que me levou ao fundo como um prego!
Ângelo Augusto