DESPEDIDAS E ENCONTROS

Musa eternamente reencontrada
nas brumas imprecisas do alvorecer,
te perco a cada noite, tentando ser
o que restará da breve estada.

Cada partida do teu corpo me dilacera
e me joga no caos. Transpiro febres,
mergulho oceanos, caço lebres,
vislumbro no portal a morte à espera.

Mas na primeira estrela da manhã
ressurges inteira, corpo e sorriso,
na palma das mãos o paraíso.

Não foi, por certo, a dor da noite, vã,
pois que voltas e muito mais te quero,
no jeito menino, o mais sincero.

 
Nelson Eduardo Klafke
Enviado por Nelson Eduardo Klafke em 16/01/2014
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