INSANA POESIA...

Sinto uma fome estranha a me corroer,

Sinto o grito prestes a explodir no universo...

Sinto que caminho no sentido reverso,

Mordo minha língua até sentir doer...

Estou perdido... é deserto no meu dia...

Quero chorar a lágrima que já petrificou,

Me repartir pra descobrir quem realmente sou...

Eu vou queimar o verso e rasgar minha poesia!

Não quero biografia, não faço parte desta "história",

Quem me apontou o dedo estará na memória...

E já nem me importo com o grito que não dei.

Vou matar meu ego deixando-o na solidão,

Sem poesia, sem verso, sem rima, sem refrão...

Pois perdi as contas de quantas vezes sozinho me matei.

Geraldo Rolim
Enviado por Geraldo Rolim em 16/01/2014
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